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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

A   ENTRADA DA CRIANÇA NA ESCOLA
                                                                                                          

O início do ano é um momento precioso na escola, em que tudo é novo e difícil para crianças, pais e professores. Uma nova turma de crianças faz a sua estréia na escola. É tempo de adaptação. Costuma-se chamar de adaptação o período inicial do ano letivo em que crianças estão se acostumando à nova escola. Muitas escolas enfrentam problemas neste período, uma vez que, trata-se de um período delicado para a criança, onde se fará uma passagem do familiar para o estranho. Traz também uma mudança na relação desta com a mãe e que envolverá toda a família. Segundo Cristina Sartori, “chamar esse período de uma adaptação é reduzir a experiência e que a maneira como se concebe essa entrada na escola possibilitará que as pré-escolas, ou as chamadas escolas maternais possam se afirmar como escola”. Tomar esse processo como uma adaptação é problemático, pois reduz essa experiência a que a criança não chore para ficar na escola, ou ainda que a criança fique na escola sem a presença da mãe. Quando na verdade vai muito além disso.

É necessário reconhecer a entrada da criança na escola como um processo que envolve uma passagem; para então reconhecer a escola como instituição educativa, conhecer e refletir sobre suas propostas. Assim, este primeiro contato da criança com a escola, passa a ser parte de um processo de estruturação subjetiva da criança.

A passagem da criança para a escola privilegia sua relação com a mãe e não com a escola. O lugar que a criança encontra na escola é oferecido para ela pela mãe. Ou seja, quem decide por ela é a mãe. É pelo desejo dos pais que a criança é introduzida na escola. É função da mãe introduzir um lugar na escola para o filho e sustentar este ato frente a ele.

Para SARTORI, “a mãe introduz o filho na escola”. Ou seja, há um desejo materno que determina e constitui uma nova realidade para o filho. A partir de como este desejo se articula, essa entrada se fará ou não. Esse desejo da mãe significa dizer ao filho que este não ocupa um lugar de complementaridade a ela. Portanto, é necessário que a mãe deseje que seu filho ingresse na escola e que este desejo seja repassado ao filho. Ela precisa aceitar que seu filho não ocupa um lugar exclusivo para ela e sim, pode interagir com o mundo a sua volta. Neste caso, é importante que a mãe conheça a proposta de trabalho da escola e uma vez de acordo com elas, possa submeter-se a essas leis. A criança será introduzida mediante o reconhecimento que a mãe confere à escola.

A escola conta como terceiro entre mãe e criança, conta como significando que o desejo da mãe vai além do desejo da criança. Sendo a escola considerada como elemento terceiro para a criança é fruto dessa passagem que se dá no interior da pré-escola, ou seja, a criança elabora nesse período escolar, uma passagem que lhe possibilita ingressar no mundo simbólico onde ela se inscreve em sua condição de sujeito diferentemente, revelado por sua experiência com a escrita.

SARTORI critica a idéia da escola como uma “segunda casa”, pois a criança precisa ver a escola como um lugar de diferença com relação à mãe, aonde ela não irá reencontra-la ali. Nesta idade a criança demanda um exercício de maternagem, mas isso não significa que a função da professora seja ocupar o lugar da mãe no sentido de retirar da cena esse elemento do estranho, tomado na referência do mal -estar.

A escola visa uma “segunda casa” quando o que acontece na escola é igual ao que acontece em casa. E qual é a função da escola principalmente em tempos de adaptação? Cabe a ela acolher a criança criando condições para que o espaço escolar seja reconhecido por ela mediante uma ação do professor junto a ela, permitindo que se estabeleça entre eles um laço de confiança. É interessante a escola poder proporcionar condições para orientar as mães, trabalhar com elas no sentido de dizer como devem se colocar no espaço de maneira a facilitar o processo do filho, e não deixar que elas não se responsabilizem por sua função. Para isso a escola deve ser capaz de despertar transferência - e isso ela o faz na medida em que se apresenta através de uma proposta de trabalho.



BIBLIOGRAFIA:
 SARTORI, Cristina Helena G. A entrada da criança na escola.In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE PSICÁLISE E SUAS CONEXÕES. Trata-se uma criança.Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 1999, p.323-330





segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A Importância da Leitura em Sala de Aula


            Ler é mais do que um processo individual, é também uma prática social. O incentivo do professor aos alunos no que se refere à leitura é muito importante para que eles possam ter uma visão diferente do mundo que os cerca. Aqui, vale ressaltar que a formação de um leitor crítico se faz a partir do momento em que o professor mostra aos alunos o verdadeiro sentido e o prazer que a leitura oferece. 

              A leitura acontece quando se organizam os conhecimentos já existentes com as várias situações, que são impostas pela realidade, quando se estabelecem relações entre experiências vividas, procurando resolver os problemas apresentados. O leitor, então, tem impressão de que o mundo está ao seu alcance, que pode compreendê-lo, conviver com ele e até modificá-lo, pois além da inteligência, tem consciência crítica.
            
             Quando existe interação entre professor e alunos, tudo se torna mais claro, mais compreensível, pois, no momento em que as crianças e adolescentes participam do próprio aprendizado, grandes descobertas irão acontecer. Por isso, é importante o diálogo entre docentes e discentes, é através dele que ambos aprenderão mais, relacionar-se-ão com mais facilidade, gerando conhecimentos, não somente daquilo que os cerca, mas, principalmente, do seu próprio existir.
             
                Para isso, é importantíssimo que o professor conheça a maneira como a criança aprende para que o mesmo possa ter condições de propor atividades desafiadoras que provoquem nos alunos reestruturações de conhecimentos prévios, despertando-lhes o interesse pela leitura do mundo, partindo, assim para a leitura da palavra. Sua tarefa deve ser a de assisti-las e estimulá-las com sugestões para o prosseguimento de suas investigações. 

                Isso ocorre quando o docente usa de textos diversificados em suas aulas que vão ao encontro daquilo que interessa à criança, pois a maior preocupação gira em torno dela, em descobrir o que tem por trás das mais variadas leituras, mas se o professor não tiver preocupação em resgatar a leitura e estimulá-la enquanto processo de interação, a crise de leitura tenderá a se agravar cada vez mais... 

                 Assim, percebe-se que cabe ao professor, buscar caminhos, ou, formas diferentes para melhorar a prática de ensino, para tanto, o mesmo deve estar disposto e pronto para encarar esse desafio que requererá de estudo, atenção, interação com outros professores, com a comunidade escolar, para que juntos possam organizar estratégias, mudando até a metodologia se for preciso, com o desenvolvimento de projetos, colocando em prática as atividades que possam aflorar no aluno o desejo de fazer leitura, tanto em sala de aula como fora dela. 

                Portanto, a escola, lugar de trabalho e aprendizagem, desenvolve responsabilidades sociais, tendo como compromisso, formar alunos leitores, críticos, que saibam como enfrentar esta sociedade com liberdade e responsabilidade, para assim tornarem-se parte da mesma de modo efetivo.



Elaine Maria Jablonski Erstling - Professora do Ensino Médio e Fundamental do Colégio Estadual Athayde Pacheco Martins de Ubiretama

sábado, 12 de outubro de 2013

DIÁLOGO E MEDIAÇÃO DE CONFLITOS


             O que somos nós seres humanos sem a palavra?
            Quando refletimos nossa vida e as relações que vamos estabelecendo na sociedade em que estamos inseridos, percebemos que só existimos e nos constituímos enquanto sujeitos através das relações com o outro. Pois, o ser humano só pode ser pensado na relação com o outro. Relações estas, que são sempre mediadas pela linguagem. Desde que nascemos estamos inseridos no mundo da linguagem e vamos aprimorando-a com o passar dos tempos. Segundo Dias (2010, p. 01), a linguagem pode ser entendida como uma inter-ação que acontece entre os sujeitos organizados e pertencentes a uma mesma comunidade linguística. Ou seja, a linguagem surge da interação entre os sujeitos que enquanto seres sociais interagem uns com os outros.

            A linguagem permite a mediação entre os sujeitos envolvidos em suas diversas formas de relações na sociedade, bem como no processo ensino-aprendizagem. Esta mesma linguagem que me identifica enquanto sujeito, e permite a constituição da minha singularidade, também provoca conflitos. Muitas situações de conflito que acontecem tanto nas escolas como em qualquer esfera da sociedade, acabam parando no poder judiciário, ou seja, na Justiça Retributiva. Práticas estas, que não respeitam a dignidade da pessoa humana e seus direitos, apenas castigando e punindo e, que estão cada vez mais desacreditadas perante a sociedade.

         Alguns países como Nova Zelândia, Canadá e Austrália passaram a adotar práticas de Justiça Restaurativa como forma de promover uma maior participação da sociedade nas respostas à criminalidade existente. O modelo deu certo e está sendo adotado por outros países, inclusive o Brasil. A Justiça Restaurativa surge como oportunidade de promoção dos direitos humanos buscando a cultura da paz, através de seus princípios e valores. A Justiça Restaurativa surge como uma nova proposta na mediação dos conflitos presentes na sociedade e também dentro das escolas, procurando despertar uma cultura de paz. Os sujeitos envolvidos, vítima e agressor, participam ativamente ouvindo e compreendendo o sentimento do outro em relação ao fato ocorrido. É um processo voluntário, para tanto, ambas as partes envolvidas necessitam colaborar e cumprir com os acordos estabelecidos.

            A Justiça Restaurativa baseia-se num procedimento de consenso, em que a vítima e o infrator, e, quando apropriado, outras pessoas ou membros da comunidade afetados pelo crime, como sujeitos centrais, participam coletiva e ativamente na construção de soluções para a cura das feridas, dos traumas e perdas causados pelo crime. (PINTO, 2005, p. 20) 

         O modelo restaurativo é uma proposta nova, baseada no diálogo e no acordo. Neste modelo, a linguagem é utilizada como alternativa para prevenir, mediar e resolver situações de conflito e/ou violência em diferentes ambientes da sociedade. Através do diálogo e da comunicação não violenta as partes buscam uma reparação para o mal sofrido e a restauração de cada um dos envolvidos no conflito. O profissional que realizará a mediação, num primeiro momento ouvirá ambas as partes a cerca do fato ocorrido, suas causas e consequências, preferencialmente em um local neutro. Posteriormente, os sujeitos podem apresentar soluções, discutir e propor um acordo. 

             O mediador exerce um papel muito importante nesse processo, é ele o responsável por conduzir o diálogo, devendo manter sigilo e discrição sobre os assuntos abordados. Ou seja, “a mediação representa assim um mecanismo de solução de conflitos utilizado pelas próprias partes que, movidas pelo diálogo, encontram uma alternativa ponderada, eficaz e satisfatória”. (SALLES, 2007, p.23) 

          A proposta da mediação de conflitos permite que ambas as partes saiam ganhando, ou seja, procura-se alcançar o sentimento de satisfação mútua. Pois, é necessário que se passe de um sentimento individual de defesa de ponto de vista, para um sentimento de cooperação, de colocar-se no lugar do outro. O mediador não oferece uma solução pronta ao caso, mas conduz e orienta ás partes para que chegue a um consenso, uma solução. “O mediador é o terceiro neutro que intermedia as relações entre as partes. Não decide.” (MORAIS, 1999, p. 152). É através do diálogo pacífico que o mediador conduzirá as partes a uma solução e um acordo satisfatório para o conflito. Práticas restaurativas que priorizam o diálogo respeitoso e inclusivo, já estão sendo vistas de forma positiva em muitas escolas. Após ouvir as partes e chegar-se a um acordo, os estudantes recebem intervenções direcionadas. O foco principal está sempre em consertar e reconstruir as relações entre os sujeitos envolvidos no conflito, fortalecendo a busca por uma cultura de paz no ambiente escolar. 

          Entre os principais benefícios da Justiça Restaurativa nas unidades educativas destacam-se escolas com mais segurança, respeito mútuo e diálogo, onde a aprendizagem acontece com sucesso e todos aprendem mais e melhor; formação de cidadãos responsáveis por suas escolhas e cientes de seus direitos e deveres; escolas com mais autonomia, integradas as redes de apoio e promotora de uma cultura de paz em seu ambiente e consequentemente, na sociedade em geral. 

        Desde os tempos mais remotos muitos povos se reuniam em círculos para debater a vida da comunidade, resolver problemas, apoiar uns aos outros. A dinâmica circular foi adotada pela Justiça Restaurativa. No diálogo em práticas circulares todos mantém a mesma distância do centro, ou seja, estão no mesmo patamar, em situação de igualdade. O processo é mediado por um coordenador que concede a palavra aos demais participantes de forma organizada, ocorrendo momentos de fala e escuta. Esses Círculos estão sendo realizados em contextos cada vez mais variados, oferecendo espaços onde pessoas com visões muito divergentes podem se reunir para falar francamente sobre conflito, dor e raiva, e sair se sentindo bem em relação a si mesma e aos outros. (PRANIS,2010, p.18) 

          A proposta de realização de Círculos de Paz nos espaços escolares ajuda na compreensão da realidade em que se vive, do que são direitos humanos, da necessidade de garantir esses direitos e dos desafios e problemas que enfrentamos diariamente em nossa sociedade. Quando se fala em Cultura de Paz, é necessário entender primeiramente o que é a paz e como cultivá-la, para depois, educar para a paz. Nenhum ser humano nasce sabendo o que é violência ou o que é paz, isso nos é ensinado, através do que é transmitido na família, na escola, através da mídia e na sociedade. 

           Diversas experiências vêm demonstrando que as práticas de diálogo em círculos são bem aceitas pelos participantes e apresentam resultados positivos. Ao falar e ser ouvida, a pessoa sente-se aliviada depois de expor seus sentimentos e ser compreendida. E, através da linguagem e de uma comunicação não violenta, é possível reestabelecer a harmonia entre as partes. Resgatando valores como o respeito, a cooperação, a igualdade e a dignidade da pessoa humana. 

 Referências: 
DIAS, Ana Beatriz Ferreira. A justiça restaurativa por um viés de pesquisa em linguagem: por uma nova visão de mundo. Disponível em: http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/anais/sited/arquivos/AnaBeatrizFerreiraDias.pdf Acesso em: 08 de julho de 2013 
MORAIS, José Luís B. de. Mediação e arbitragem: alternativas à jurisdição. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1999. 
PINTO, Renato Sócrates Gomes. Justiça Restaurativa é Possível no Brasil? In: SLAKMON, C., R. De Vitto, e R. Gomes Pinto, org., 2005. Justiça Restaurativa (Brasília – DF: Ministério da Justiça e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD). 2005, Cap.1, p.19-40 
PRANIS, Kay. Processos Circulares. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2010 SALES, Lília Maia de Morais. Mediação de conflitos: família, escola e comunidade. Florianópolis: Conceito Editorial, 2007.

Ana Maria Klidzio
Professora dos anos iniciais do Ensino Fundamental
Colégio Estadual Athayde Pacheco Martins de Ubiretama

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO POR SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS


               O trabalho com os gêneros textuais já fazem parte da rotina da sala de aula desde a alfabetização, tamanha a sua importância no desenvolvimento da produção escrita e da própria oralidade da criança. Com o planejamento das seqüências didáticas é possível envolver os diferentes gêneros integrando as diferentes áreas de conhecimento, de forma interdisciplinar.

               As sequências didáticas são um conjunto de atividades ligadas entre si, planejadas para ensinar um conteúdo, etapa por etapa. Organizadas de acordo com os objetivos que o professor quer alcançar para a aprendizagem de seus alunos, elas envolvem atividades de aprendizagem e de avaliação. Consiste num procedimento de ensino, em que um conteúdo específico é focalizado em passos ou etapas, tornando mais eficiente o processo de aprendizagem.

                Segundo os autores Schneuwly, Dolz e colaboradores (2004), a sequência didática tem a finalidade de ajudar o aluno a dominar melhor o gênero de texto levando-o a escrever ou falar de forma mais adequada numa situação de comunicação. Segundo eles, a sequência didática obedece a um esquema com os seguintes componentes: - a apresentação da situação que visa expor aos alunos, de forma detalhada, a tarefa de expressão oral e escrita que será realizada e prepará-los para uma produção inicial. - a primeira produção, oral ou escrita, permite ao professor avaliar os conhecimentos dos alunos em relação ao gênero proposto e que capacidades precisam ser desenvolvidas. - os módulos se constituem nas atividades e exercícios, em que fazendo uso dos instrumentos necessários os alunos vão aprimorando o seu domínio do gênero textual em estudo.

                 O trabalho com a sequência didática torna-se importante por contribuir para que os conhecimentos em fase de construção sejam consolidados e outras aquisições sejam possíveis, a partir do levantamento dos conhecimentos que os alunos já possuem sobre um determinado gênero textual a ser estudado em todas as suas dimensões.

                   Ao organizar a sequência didática, o professor poderá incluir atividades diversas como leitura, pesquisa individual ou coletiva, aula dialogada, produções textuais, aulas práticas, etc. Pois, a sequencia de atividades visa trabalhar um conteúdo específico, um tema ou um gênero textual da exploração inicial até a formação de um conceito, uma ideia, uma elaboração prática, uma produção escrita. A organização do trabalho didático por sequências didáticas constitui um diferencia pedagógico que colabora na no alcance dos objetivos propostos e conteúdos a serem trabalhados.

Ana Maria Klidzio
Professora dos anos iniciais do Ensino Fundamental
Colégio Estadual Athayde Pacheco Martins de Ubiretama

domingo, 18 de agosto de 2013

Recomendo....

Sinopse e detalhes
Mirco (Luca Capriotti) é um garoto toscano de 10 anos que é apaixonado pelo cinema. Entretanto, após um acidente, ele perde a visão. Rejeitado pela escola pública, que não o considera uma criança normal, ele é enviado a um instituto de deficientes visuais em Gênova. Lá descobre um velho gravador, com o qual passa a criar estórias sonoras.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Compartilhando...

A gente vive ouvindo por ai,que tem uma metadede nós perdida em algum canto do mundo. E que não devemos descansar enquanto não encontra- lá. Mas nascemos inteiros, porquê essa necessidade de ficar pensando que temos uma tal metade da laranja pra procurar? A gente tem que se sentir completo na própria companhia, e não idealizar sempre que devemos ficar procurando um outro alguém pra preencher um determinado vazio. Não existe ninguém que complete ninguém . Existem pessoas que se somam, que se acrescentam, que se elevam, que se apoiam. E é esse tipo de pessoas que devemos buscar, mas não procura-lás como se disso dependessemos pra viver. Mas buscar como forma de tornar a vida um pouco mais agradável, mais alegre, mais leve e suportável. Algumas pessoas vão pulando de galho em galho, não ficam quietas nunca, porque sentem sempre esta necessidade de ter alguém que ela ache que é “sua metade da laranja”, daí que essas mesmas pessoas achem a metade da laranja umas dez vezes na vida, e colham bastante desilusões na sua caminhada. Veja bem : viemos ao mundo sozinhos, e é sozinhos que iremos partir, a gente é a nossa própria metade, o nosso outro lado é que nos torna em seres completos. Não é à toa que dentro de nós tem vários sentimentos, que vão se completando. Não existe uma pessoa que seja só sensivel, ou apenas fria, ou apenas triste, ou apenas alegre. Nós somos a soma de vários sentimentos, de vários momentos, e de vários acontecimentos. È isso que nos torna em alguém completo. O fato de ficarmos esperando a tal metade, faz com que a a gente não se aperceba que essa metade não irá chegar, porque ela está e sempre esteve dentro de nós mesmos. E devemos encontrar formas de descobri-la diaramente . Eu por exemplo : Tem uma metade minha muito sensivel, que chora à toa, que acolhe as pessoas,que perdoa demais, que compreende, que se alegra com detalhes, mas tem uma outra metade também , que é aquela que quando desliga de um assunto que me trouxe muita dor, não volta mais atrás. E não tem sensibilidade que me faça voltar ao passado ou mudar de uma decisão. Ou seja, esse é o meu ponto de equilibrio.È o meu lado sensivel, sendo completado quando necessário pelo que não sente nada. Se alguém um dia perguntar se você já achou sua metade, sorria e diga: “Nunca estive procurando ela, porque sempre me senti muito inteira. “ (IMELDA SITOLE )

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012